Histórico

Os primeiros moradores de Maracajá são conhecidos como caçadores-coletores, isto é, grupos de poucas pessoas que circulavam em determinados território, coletavam frutos, pescavam e caçavam diversos animais de nossas matas.

A identidade cultural de nosso município é bastante diversificada, devido principalmente aos povos que efetivaram a ocupação de seu território.

No século XIX, várias pessoas de outros países vieram para o Brasil, em busca de melhores condições de vida. Chegaram ao município de Maracajá açorianos, africanos, italianos, entre outros povos. Esses imigrantes praticaram a agricultura, a pecuária, e também construíram engenhos de cana-de-açúcar e de farinha de mandioca.

Um outro elemento fundamental para o desenvolvimento de Maracajá foi a instalação do ramal ferroviário Dona Tereza Cristina, importante na comercialização dos gêneros alimentícios produzidos pelos moradores e também para o crescimento populacional, pois muitas famílias instalaram-se no município para trabalhar na ferrovia.

Inicialmente as terras de Maracajá pertenciam a uma grande região chamada de Freguesia de Araranguá, posteriormente passou a ser distrito do município de Araranguá que havia se emancipado, e nesta época o nome da localidade era Morretes devido à presença de vários morros ao longo do território.

No final da década de 40 e início dos anos 50, ocorreu a substituição do nome do distrito de Morretes, pois existia no litoral paranaense um município com o mesmo nome, e isso estava causando desvios de correspondências e outros problemas burocráticos. Por isso, desta forma os membros dos poderes executivo e legislativo de Araranguá, decidiram pela troca do nome, escolhendo Maracajá, que significa gato-do-mato na língua indígena, um animal que existia em grande quantidade em nossas matas.

A agricultura inicialmente era de subsistência, e posteriormente os excedentes da produção passaram a ser comercializados. Antigamente cultivava-se milho, mandioca, cana-de-açúcar feijão e hortaliças. Nos dias atuais o município de Maracajá, destaca-se também pelo desenvolvimento agrícola, porém as culturas que prevalecem são o arroz e fumo. São também atividades econômicas de geração de emprego e renda as fábricas do setor têxtil, o extrativismo mineral, o comércio e entre outros.

O município de forte religiosidade tem predominância de fiéis da igreja católica. As manifestações culturais que se mantêm presentes nos dias atuais são influenciadas pelas tradições açorianas miscigenadas a cultura italiana.

Uma das tradições católicas que envolvem um grande acontecimento no município é a caminhada pela peregrinação e a procissão da via sacra, no Morro da Cruz, na comunidade de Espigão da Toca.